terça-feira, 31 de agosto de 2010

Prisioneira


Em noite de insónia, nada melhor que desabafar para o papel..

Presa neste abismo,
Que chora lágrimas silenciosas,
Que dói, que aperta, que sufoca,
Que me deixa sem ar,
Sem um sorriso para dar.
É como estar no meio de uma multidão
E sentir que estou só.
Sentir que ninguém me ouve,
Que ninguém olha para mim,
Com vergonha daquilo que sou.
Sinto-me pequena,
Cheia de gigantes à minha volta,
Com o seu ego bem lá no alto,
Com um sorriso rasgado!
Lá no alto,
Onde tudo é superior
Àquilo que sou
E àquilo que sinto.
Sinto que não está cá ninguém,
Ninguém para me tirar deste abismo,
para me libertar deste passado,
Para me deixar ser feliz,
Sem cometer erros,
Sem ser pateta,
Sem magoar!
Sem ferir!
Sem deixar que o outro sofra!
Garantindo que estará sempre a sorrir,
Garantindo que terá sempre o meu apoio,
Garantindo que eu estarei sempre, sempre,
Para tudo o que precisar.
Estarei ali, de corpo e alma,
única e exclusivamente para ele.
Só assim é que posso ser feliz,
Deixando quem me rodeia feliz
Por estar comigo,
Por se sentir seguro,
Por sentir que é amado.

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